quarta-feira, 19 de agosto de 2020

SAGA DE SEPTUAGENÁRIO QUE SEMPRE ESTEVE EM GRUPO DE RISCO

 

SAGA DE UM HUMANO SEPTUAGENÁRIO QUE SEMPRE ESTEVE EM GRUPO DE RISCO

Nasci em plena ditadura de Salazar (Portugal).
Percorri a Ditadura Militar Brasileira como um ESTUDANTE ESTRANGEIRO, de cabo a rabo, apesar de grande duração foi o único período em que vivi como um CIDADÃO PLENO DE DIREITOS (civis, políticos, humanos) que foram totalmente reconhecidos e respeitados.
Morei por 20 anos na cidade de Campo Grande, PRINCIPAL ROTA DE TRÁFICO de narcóticos e armas do Brasil. Trabalhando diretamente numa das mais perigosas fronteiras secas: Brasil/Paraguai, atravessando-a constantemente inclusive à noite.
Com resistência e resiliência consegui sobreviver ao período PÓS DITADURA, Itamar e FHC, que considero o período de maior ignorância.
Aproximando dos 70 de idade, COMEÇO A OUVIR ABERTAMENTE: “Você está em grupo de risco e terá de ser exilado (isolamento total)”. E apesar de não ter nenhuma aptidão política fui obrigado a USAR MÁSCARA, pela primeira vez na vida.
A única vez que tinha ouvido diretamente que estava em grupo de risco foi após ter trabalhado por quase 12 anos (durante a ditadura) em uma estatal DE MATO GROSSO e ter minha presença solicitada pela diretoria da Empresa (ENERSUL) para esclarecer uma carta que eu tinha enviado ao presidente da empresa solicitando que meu nome não fosse usado pra brigas contra o sindicato. Meu amigo e Irmão Eng. Carlos Nakao usou a expressão: “Siga o que a empresa quer porque no futuro você poderá vir pedir e será tarde”. Nesse momento pensei comigo mesmo:” Ele não deve estar muito certo da cabeça, porque ele me conhece desde o dia da minha admissão (foi a primeira pessoa que conheci na Empresa e no Mato Grosso) e sabe muito bem que em HIPÓTESE ALGUMA eu iria até a diretoria pedir alguma coisa, a não ser a minha demissão, o que acabou acontecendo (EU PEDI EM CARTA DIRECIONADA À DIRETORIA).




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