domingo, 21 de fevereiro de 2021

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP) NA GERAÇÃO DE FERRO

 Durante a construção de Rio Preto pela GERAÇÃO DE FERRO (anos 60) eu era criança e assistia com orgulho o trabalho de todos (INCLUINDO A CLASSE POLÍTICA) para fazer uma cidade de todos para todos. Com 12 anos fui obrigado a tirar a carteira de identidade emitida pelo JUIZADO DE MENORES para poder praticar minhas atividades de trabalho na área Central, que já a alguns anos desenvolvia na Vila Esplanada (rua São João x Campos Sales), minha primeira caixa de engraxar sapatos foi meu pai quem construiu, observando construí as demais, e para chegar até o centro carregava nas costas por uns 2 km. Chegando ao novo local (CENTRO) tive uma recepção comparável às dadas a prostitutas pelos supostos donos do ponto, com ameaças, que não me intimidaram. Até que sentado num banco da Praça Rui Barbosa um senhor sentou ao lado (seria meu anjo da guarda?) e começou a perguntar onde você mora? você estuda? Para no finalmente dizer: "VAI EMBORA DAQUI, ISSO AQUI NÃO É LUGAR PARA VOCÊ!". Refletindo o que ele disse e de ter ouvido que os engraxates do Centro CHEIRAVAM COLA (sem muito saber o significado), resolvi voltar a ficar só na Vila Esplanada.



Era um período em que as colônias de imigrantes se associavam para construir hospitais. onde meu pai foi um dos fundadores e que contribuiu para a construção do HOSPITAL DE BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE RIO PRETO.


Casava meus horários de trabalho com minhas caminhadas diárias de mais de 2 km - na ida e volta = 4 km, e em dias de educação física, 8 km - para chegar em minha escola “Alberto Andaló”. No ano de 1966 (13 anos de idade) foi no período noturno, em que eu descia a Rua São João até atravessar a estrada de ferro e um caminho no meio de matagal, brejo e uma pinguela (com passagem para apenas uma pessoa) sobre o Rio Preto (hoje Av Philadelpho), e subida de um morro, com a volta muitas vezes após as 23:00h e sem qualquer iluminação. Época em que os vereadores não recebiam salários.

A fase adulta chegou e recém formado em Engenharia, deixei essa bela e aconchegante cidade e fui ajudar a construir um novo Estado em uma região pouco habitada e de má fama relacionada com TRAFICANTES e outros bandidos: inicialmente Mato Grosso, que em seguida recebeu o DO SUL , levando OS VALORES DE MINHA CIDADE, que não foram bem aceitos no local. 


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