TUDO O QUE PLANTO GERA BELAS FLORES...

Falando em flores me faz lembrar de um belo fruto do MATO GROSSO que conheci quando iniciei minhas atividades profissionais na CEMAT (1977): grande engenheiro e GRANDE PERSONALIDADE, talvez incomparável: DR ASSIS SCAFFA. Em nossa primeira viagem em um fusquinha por estradas de areia, em que às vezes era necessário descer e dar um empurrão, até a Usina de MIMOSO ele questionou-me: Observe as flores do mato, passou algum tempo disse continue observando, agora me diz: "QUAL A COR PREDOMINANTE DAS FLORES QUE EMBELEZA A NATUREZA DIVINA?" Observei, pensei, e disse: AZUL. Ele retrucou REPROVADO porque é AMARELA....

Eu fiz parte da história e da cultura de Campo Grande (MT - hoje MS). Imediatamente após a minha graduação em Engenharia em janeiro de 1977 eu deixei a querida São José do Rio Preto - SP (que me acompanhou grudada em meu coração), sem qualquer puto no bolso MAS COM ALGUMAS DÍVIDAS e sem qualquer padrinho ou sequer UM ÚNICO CONHECIDO mas ainda tinha FÉ NO SER HUMANO , e fui construir uma vida DO NADA (ou menos ainda que nada por levar algumas dívidas). Sendo livre em todos os sentidos por onde passei fui sendo reconhecido como praticante de atos nobres, tais como:
- Tendo trabalhado em uma estatal (ENERSUL) nunca fui alvo de corrupção, inclusive não aceitando convite para tal, mas constantemente apunhalado pelas costas por quem se valia dela.
- Após uns três anos na cidade e quase dois de casado, adquiri meu PRIMEIRO IMÓVEL, uma modestíssima residência em um Conjunto Residencial com financiamento pelo antigo BNH.
- Plantei a minha primeira semente e várias outras árvores.
- Tendo uma rápida passagem (06 ANOS) como professor universitário no CESUP (hoje UNIDERP), tentei doar muito dos meus conhecimentos, com vários deles adquiridos de forma autodidática, com pequena retribuição material, que além do tempo das aulas, muito mais era utilizado fora da escola em pesquisas na preparação de aulas e provas.
- Adotei uma criança através de ADOÇÃO PLENA.

- Para não me alongar em demasia, ficarei nesses.

Dá para imaginar qual foi o tamanho da honra que senti, após um período de 12 anos nessas atividades, depois de ter deixado a progressista cidade paulista de São José do Rio Preto para ajudar na construção de um novo estado em uma região, na época, pouca habitada e muito temida, no extremo oeste brasileiro ,ser CONVIDADO a participar de uma cerimônia solene em que, FORMALMENTE, fui reconhecido como homem livre e de bons costumes... Diploma que guardo com muito carinho, recebido poucos anos antes de deixar a cidade. OBRIGADO CAMPO GRANDE POR TER ME AGRACIADO DESSA FORMA!