SANGUE
DE POETA
(Pierre da Gama)
Nasci
mui distante,
como
cavalheiro andante,
às
vezes errante,
outras
pensante,
mas
sempre elegante.
Com
sangue de poetas gloriosos,
Camões,
Bocage, Saramago...
c’a
mões muitos poemas escrevi,
a
boca genial trovas expelia,
sem
ser amargo...
Caminhando
sempre em linha reta,
de
estrangeiro a profeta na hora certa,
sempre
encontrando uma cruz na hora incerta,
por
ter o amor como meta.
Com
inspirações de poetas nativos,
Vinicius,
Bandeira, Augusto dos Anjos...
vi
inícios bem sucedidos,
bandeira
de beleza empunhada,
sentindo-me
augusto com anjos...
A capacidade de construtores de castelos,
A capacidade de construtores de castelos,
no
solo e nas nuvens,
resistentes
às guerras e ao tempo;
a
nobreza de Reis e Rainhas,
de
uma Europa em esplendor;
a
coragem de desbravadores audazes,
que
em vulneráveis naus,
rasgavam
agitados oceanos;
tudo
se fundiu...
para
gerar o meu DNA.
Todo
o ouro,
bravamente
conquistado,
a
alquimia,
transformou
em poesia,
para
eu devolver em bom estado,
de
onde saiu um dia...
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