Estando
trabalhando no Estado do Mato Grosso do Sul, em uma ESTATAL (enersul), há 15 anos,
sendo que diziam que o Brasil estava em Democracia há uns 4, um colega (ENGENHEIRO Ricardo Pertroni) com quem
não tinha intimidades gritou por cima da divisória: “O jornal está dizendo que
o Consulado de Portugal está recadastrando os portugueses residentes no estado
e tem uma ficha para preencher” e forçou-me ir ver. Fui e de imediato recortei,
preenchi e enviei. Passado alguns dias outro colega (ENGENHEIRO Gilberto - Sindicalista) que também não tinha muitas
intimidades questionou mais de uma vez: “Para o que era aquilo?”. Respondi que estava
escrito ser do Consulado para os portugueses residentes no estado, onde me
encaixava e mandei.
Numa das visitas de minha mãe à Campo Grande, levei-a para conhecer o Clube dos Portugueses (Estoril), onde tivemos contato com um dos seus diretores e ficamos conversando. Por algum motivo meu Documento de Identidade foi parar em suas mãos, e ao vê-lo teve um sobressalto e se embrenhou nas instalações com ele em posse. Ficando muito tempo sem retorno fui ficando estressado e dizendo a outros funcionários do Clube: “Levaram meu documento de identidade, eu preciso ir embora e preciso dele”. Depois de muito tempo e já bem estressado ele apareceu e devolveu-o.
Numa das visitas de minha mãe à Campo Grande, levei-a para conhecer o Clube dos Portugueses (Estoril), onde tivemos contato com um dos seus diretores e ficamos conversando. Por algum motivo meu Documento de Identidade foi parar em suas mãos, e ao vê-lo teve um sobressalto e se embrenhou nas instalações com ele em posse. Ficando muito tempo sem retorno fui ficando estressado e dizendo a outros funcionários do Clube: “Levaram meu documento de identidade, eu preciso ir embora e preciso dele”. Depois de muito tempo e já bem estressado ele apareceu e devolveu-o.
Em
outra ocasião percorrendo o Clube deparei-me com uma sala onde constava:
CONSULADO DE PORTUGAL, e decidi tentar contatar o Cônsul para conversar sobre
minhas origens (que deixei ao nascer sem questionarem se eu queria) e até
aventar a possibilidade de retornar. Veio alguém que se identificou como Cônsul
(apesar de não se portar como tal). E logo no início por algum motivo meu
documento de identidade foi parar em suas mãos, e as coisas se repetiram: ao
vê-lo teve um sobressalto e disse que ia
se ausentar por instantes, com ele em posse. Depois de muito chá de cadeira ele
retornou sem a sua posse. Já sem clima de conversa fui ficando estressado e
dizendo tenho compromissos e preciso ir, eu preciso ir, por favor devolva-me
meu documento. Depois de muito tempo e já bem estressado devolveu-me. O motivo
de eu procurá-lo diluiu no ar.
No meu convívio social tinha um Coronel da FAB que vivia pegando no me pé sempre direcionando a mim de forma irônica, e eu sempre levava na esportiva. Certo dia ele aparece com uma camiseta do clube dizendo direcionando a mim de forma irônica: “Esta camiseta foi presente dos meus amigos do clube português.” Mesmo estar sentido minha mente estranha por trabalho químico feito nesses convívios, AS COISAS FICARAM CLARAS EM MINHA MENTE: Esse militar deve ter dado meu nome ao Consulado para saber da minha situação, e recebido como resposta: “Não existe nenhum registro consular com esse nome.” Isso pode ter sido um prato cheio para sua imaginação, levando junto até um CONSULADO. Quando o Diretor do Clube e o Cônsul tiveram em sua frente o português que eles não conheciam (apesar de ser sócio do Clube), e investigado por militares, tiveram um sobressalto, que ficou maior ainda quando viram que esse português portava um documento de brasileiro (condição dada pelo REGIME MILITAR e motivo para não haver registro consular). Aí se apropriaram de meu documento à força para investigação até de sua veracidade.
No meu convívio social tinha um Coronel da FAB que vivia pegando no me pé sempre direcionando a mim de forma irônica, e eu sempre levava na esportiva. Certo dia ele aparece com uma camiseta do clube dizendo direcionando a mim de forma irônica: “Esta camiseta foi presente dos meus amigos do clube português.” Mesmo estar sentido minha mente estranha por trabalho químico feito nesses convívios, AS COISAS FICARAM CLARAS EM MINHA MENTE: Esse militar deve ter dado meu nome ao Consulado para saber da minha situação, e recebido como resposta: “Não existe nenhum registro consular com esse nome.” Isso pode ter sido um prato cheio para sua imaginação, levando junto até um CONSULADO. Quando o Diretor do Clube e o Cônsul tiveram em sua frente o português que eles não conheciam (apesar de ser sócio do Clube), e investigado por militares, tiveram um sobressalto, que ficou maior ainda quando viram que esse português portava um documento de brasileiro (condição dada pelo REGIME MILITAR e motivo para não haver registro consular). Aí se apropriaram de meu documento à força para investigação até de sua veracidade.
Esses
militares demostraram aquilo que muitos filmes mostram: Tirando suas forças os
militares são devagar, porque local de denúncia de irregularidades
com estrangeiros é na POLÍCIA FEDERAL. E essa pessoa que se identificou como Cônsul (de Cônsul não tinha nada) honrou o que os
brasileiros dizem dos portugueses em suas piadas, ao se rebaixar ao nível
desses militares (INCLUSIVE ME MANTENDO DETIDO DENTRO DO CONSULADO QUANDO VIU QUE EU PORTAVA UM DOCUMENTO DE BRASILEIRO, SE APOSSANDO DELE E LEVANDO ONDE BEM QUISESSE SEM PEDIR AUTORIZAÇÃO, semelhante a um DOI-CODI para Portugueses)...
E pensar que durante o REGIME MILITAR meu nome foi tratado com total respeito quando tramitado pelo DOPS (de S Paulo) e MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/POLÍCIA FEDERAL para obtenção de Documento de Identidade de Brasileiro. E, quando dizia haver Democracia, tratado como bandido pelo Cônsul do País de Nascimento, apenas por portar DOCUMENTO DE BRASILEIRO.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXE pensar que durante o REGIME MILITAR meu nome foi tratado com total respeito quando tramitado pelo DOPS (de S Paulo) e MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/POLÍCIA FEDERAL para obtenção de Documento de Identidade de Brasileiro. E, quando dizia haver Democracia, tratado como bandido pelo Cônsul do País de Nascimento, apenas por portar DOCUMENTO DE BRASILEIRO.
RELÍQUIAS
DE UMA VIDA...
Vasculhando os objetos do passado deparei-me
com meu RG/RE, que constava carteira de identidade definitiva para estrangeiro,
emitida pelo DOPS (de São Paulo) em 1970 (Era Médici). Na fase de transição MÉDICE/GEISEL no comando da Nação Brasileira (1973/1974), eu (um jovem ESTUDANTE ESTRANGEIRO) solicitei a IGUALDADE DE DIREITOS CIVIS e impuseram uma condição para deferirem meu pedido: eu deveria também levar junto OS DIREITOS POLÍTICOS BRASILEIROS. Com esse documento obtive o TÍTULO DE ELEITOR BRASILEIRO, podendo votar e ser votado Com toda segurança frequentei escolas públicas até ingressar uma Faculdade, que como fazia parte de uma fundação que recebia
verbas do governo, cobrava valor simbólico. Tendo uma vida preenchida
diariamente com estudos e procura de alguma atividade, nem percebia que o
Brasil vivia uma Ditadura Militar...
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COISAS DE MILITARES
Formado
em engenharia fui construir vida
profissional e família no Estado de Mato Grosso (Campo Grande), veio a divisão
do estado e passados mais de dez anos preenchi as noites como Professor
Universitário , quanto à família, dois Ginecologistas
disseram que era impossível o casal gerar filhos e adotamos uma menina recém
nascida, que com um mês a esposa veio a engravidar de um menino, que foram se
tornando belas e inteligentes. Aí veio as Diretas Já, governos Collor, Itamar e
FHC. Nesse período a minha família passou por situações que eram relatadas como
atitudes ocorridas em uma “Ditadura Militar”. Através de dopagem química foram
destruídos a vida profissional e a família. E usavam tudo aquilo que diziam da
“Ditadura”, inclusive até fui tachado de comunista (havia muitos Militares
envolvidos). Além dos Militares, também um Médico Homeopata, que era um dos
expoentes do espiritismo. Tal médico forçou-me a ser seu paciente (mas sem
cobrar dizendo que não cobrava de Irmãos), e também a levar-me para um Centro
Espírita (situado na Rua Maracaju). Nesse período em
contato com o Centro serviu para eu sentir que a Doutrina era mais bela do eu
já imaginava, mas também aumentar meu sentimento de que seus adeptos não
seguiam os Postulados do Allan Kardec. Na situação em relação à Doutrina em que
se encontrava ele poderia visualizar qual seria seu final, tendo em vistas seus
atos, E NÃO FOI DIFERENTE...
Fiquei
tentando descobrir de onde tinham tirado esse negócio de tachar-me de
comunista, e só encontrei uma explicação: logo que iniciei minhas atividades na
Empresa Pública, fui forçado por elemento da chefia superior à imediata (Eng
Carlos Nakao), que sempre pareceu-me ser de EXTREMA DIREITA a ter atividades
profissionais com um ex-Eng da Empresa, que vim a saber por bocas dos peões que
era Comunista, Eng Ricardo Augusto Bacha (se ele realmente é, até hoje não
sei).
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FOI APENAS UM SONHO DE ANIVERSÁRIO
Formei-me
em Engenharia Elétrica e fui trabalhar e constituir família no Estado de Mato
Grosso, que logo em seguida foi dividido e recebeu o “do Sul”. Na assinatura do
processo de Divisão tive o prazer de ver ao vivo e a cores o Presidente do
Brasil Geisel (o único que vi ao vivo). Apesar de pelas fotos ele ter
apresentado ser muito duro, pessoalmente ele transmitiu simpatia. Além dele vi
ao vivo, em Campo Grande, mais um Chefe de Estado: o Papa, que passou
rapidamente engaiolado no PAPA-MÓVEL, não me transmitindo a mesma simpatia
anterior, mas o aparato de segurança que pude observar era bem maior.
Passado
algum tempo eu comecei a ouvir e ler grandes atos de ignorância praticados durante
esse Regime Militar. Mas eu não conseguia encaixá-los em minha vida, tanto que
eu não conheci ninguém de minha convivência que tivesse passado por um mínimo
do que era exposto. Inclusive, naquela época, minha alma aquecia ao ouvir a
música do Don e Ravel: “As praias do Brasil ensolaradas...” (além de
ensolaradas podiam ser usufruídas com segurança total).
Veio
a tão exaltada liberdade de voto para Presidente e disseram ter sido implantada
a DEMOCRACIA. Nesse novo período eu passei por uma situação que comecei a
exclamar: “Mas isso é o que dizem que acontecia no Regime Militar!” Sendo até
tachado de Comunista (sem nem saber bem o que era isso), apesar de ter sido
sempre uma pessoa espiritualizada. FATOS OCORRIDOS ANTES DA ERA PT. Só que não
contentaram em ficar em uma pessoa apenas, foi para toda a família, incluindo
duas crianças e dois fetos. Fiquei tentando vislumbrar de onde tiraram esse
negócio de comunista e cheguei a conclusão de que só poderia ser por eu ter
tido alguns pequenos contatos trabalhistas com uma pessoa, que vim a saber pela
boca dos peões que era comunista, se é realmente até hoje eu não sei:
Engenheiro Ricardo Augusto Bacha, que por sinal, DE TODOS OS CONTATOS
PROFISSIONAIS QUE TIVE NO ESTADO, foi o único que conseguiu transmitir-me ser
de integridade moral total.
Passaram-se
uns 41 anos (de 1974 a 2015) onde eu até esqueci que não era brasileiro (tendo
em vista terem-me dado, no Regime Militar, a Igualdade de Direitos Civis e
Políticos com todos os brasileiros). E comecei a sonhar em ir comemorar o meu
aniversário de 63 anos no local onde nasci (e deixei com onze meses). Como
durante todo esse tempo eu vivi como brasileiro, inclusive SENDO OBRIGADO a colocar meus votos
nas urnas, fui solicitar o Passaporte Comum Brasileiro, mas foi negado e
informado que eu deveria procurar o Consulado de Portugal para emissão do
Passaporte Português. Como eu tinha deixado de viver como um português foram-me
solicitados, entre outros, a certidão de casamento de INTEIRO TEOR, RNE (quando na minha época
era apenas RE), providenciar o Cartão de Cidadão Português e a seguir emitir o
Passaporte. Além de ter de pagar em torno de R$800,00 só pela transcrição do
casamento, tive que deslocar-me 400 Km até S. J. do Rio Preto para solicitar a
Certidão de Inteiro Teor e retornar (400 km de ida e 400 de volta) em cinco
dias úteis para pegá-la. Meu sonho de comemorar o aniversário onde nasci foi
para os ares... como estava impedido de ir para meu país de nascimento fui
comemorá-lo onde me receberiam e fui conhecer a belíssima Buenos Aires
(Argentina).
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AS PESSOAS DO BEM NÃO ACREDITAM NAS BARBARIDADES RELATADAS COMO PRATICADAS PELO SER HUMANO... EU ERA ASSIM ATÉ TER PASSADO PELOS RELATOS ACIMA... E AGORA ACHO QUE SÃO LEVES DEMAIS OS RELATOS DE SADISMOS PRATICADOS POR MILITARES, E NÃO É NECESSÁRIO SER EM ESTADO AUTORITÁRIO...
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AS PESSOAS DO BEM NÃO ACREDITAM NAS BARBARIDADES RELATADAS COMO PRATICADAS PELO SER HUMANO... EU ERA ASSIM ATÉ TER PASSADO PELOS RELATOS ACIMA... E AGORA ACHO QUE SÃO LEVES DEMAIS OS RELATOS DE SADISMOS PRATICADOS POR MILITARES, E NÃO É NECESSÁRIO SER EM ESTADO AUTORITÁRIO...
NESTE TEXTO NÃO EXISTE NENHUMA INTENÇÃO DE POLÍTICA OU IDEOLOGIA, SÃO APENAS VERDADES, OCORRIDAS DENTRO DO MEU UNIVERSO, PODENDO ATÉ PARECEREM NUAS E CRUAS.
LINKS COMPLEMENTARES:
http://pierredagama.blogspot.com.br/2012/12/meus-trabalhos-e-empregos-venci-o-bom.html
http://pierredagama.blogspot.com.br/2015/09/reliquias-de-uma-vida.html
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Um comentário:
E pensar que durante o REGIME MILITAR meu nome foi tratado com total respeito quando tramitado pelo DOPS (de S Paulo) e MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/POLÍCIA FEDERAL para obtenção de Documento de Identidade de Brasileiro. E, quando dizia haver Democracia, tratado como bandido pelo Cônsul do País de Nascimento, apenas por portar DOCUMENTO DE BRASILEIRO.
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