sexta-feira, 22 de maio de 2015

SETEMBRO, DOCE SETEMBRO!

SETEMBRO, DOCE SETEMBRO!
                                                    (Pierre da Gama)

Terceiro dia de um mês ensolarado de setembro
Aproximando-se do limiar do final dos anos mil
Mentiria muito se ousasse dizer que me lembro
Minha mãe abandonou as plantações às pressas, e pariu

No transcorrer do setembro do ano seguinte
Dentro de um navio luso rumo ao poente
Subia e descia escadas de uma embarcação sem requinte
Irrequieto, irritava e deixava a minha mãe doente

Todo setembro, logo que ia chegando
Trazia-me mais uma nova primavera
E minha mãe se entusiasmava quando...
Com luz nos olhos relatava as dores que tivera

Setembro em meus dezoito anos afora
Em pleno reconhecimento do ocidente
Presenteado por meu pai para não perder a hora
No pulso ia marcando o tempo um Orient

Setembro! Ah, meu doce setembro!
Conseguiu alegrar-me muito mais desta vez!
Mentiria muito se dissesse que não me lembro
Ao encontrar a alma gêmea... ela era do mesmo mês

Setembro, mês de início da primavera no Brasil
Prestei-lhe a minha mais singela homenagem
Casei-me dia vinte e dois de um mês de abril
Tendo já Bodas de Aventurina na bagagem

Setembros chegaram e se foram, floridos como sempre
Trazendo e levando, amigos, amores e dinheiro
Sonhos e emoções que nenhum metal compre
De aprendiz de engraxate a mestre engenheiro


terça-feira, 19 de maio de 2015

MEU PAÍS DO CORAÇÃO

MEU PAÍS DO CORAÇÃO
                               (Pierre da Gama)

A vida é uma jornada,
com escolhas e imposições.
Cada um escreve um pouco,
mas também faz parte das escritas,
de outros que cruzam seu caminho.
Num ensolarado mês de setembro,
minha mãe abandonou as plantações
às pressas,
e pariu.
No ano seguinte
à bordo de uma nau lusa
cruzei o oceano...
Enquanto um país deu-me a LUZ,
o outro deu-me o sal da vida:
amores,
conhecimentos,
sabedoria...
Conduzido ao Ocidente
por mãos firmes,
a minha LUZ
sempre permaneceu acesa.
A vida também é
uma jornada astral,
muitas vezes misturavam,
as saudades de onde apenas nasci,
com amores platônicos e reais,
dos variados caminhos que percorri...
Ainda bem que nasci
com apenas um coração,
evitando haver rixas de amor...
Meu coração é verde e  amarelo,
verde e vermelho,
azul e branco.


quarta-feira, 13 de maio de 2015

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA SEMPRE CUIDOU DE MIM.


No dia 28 de abril de 1978, 6 dias após meu casamento, à meia noite em ponto, de uma sexta feira, em uma viagem de Campo Grande (MS) à São José do Rio Preto (SP), meu carro raspa no para-choques de um caminhão,  bate no seu pneu traseiro e sai capotando para dentro de uma pastagem. Lembro-me perfeitamente rolando no ar ao lado do veículo. Imediatamente após, sentindo tudo escuro, com forte cheiro de gasolina e ouvindo o seu barulho escorrendo, vou saindo de debaixo do carro e vejo a esposa em cima do capô gritando por socorro. Nenhum dos dois teve problemas graves. APÓS ESSA PASSAGEM PASSEI A NÃO ACREDITAR EM MORTE OU QUE EU DEVERIA ESTAR EM OUTRA DIMENSÃO... Isso foi apenas um dos milagres acometidos pela minha vida terrena...

Eu era muito cético, apesar de sempre me considerar espiritualizado, a toxidade dos números conduziu-me para as exatas (onde obtive até o GRAU DE MESTRE em assuntos de números), essa toxidade fez que eu acreditasse que para tudo haveria uma explicação lógica e científica. Hoje mais maduro, na idade e no espírito, olho para trás e percebo muitas coisas que seriam inexplicáveis pela ciência... E só consegui uma explicação lógica: Nasci no coração de Nossa Senhora de Fátima que sempre CUIDOU DE MIM...